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A cidadezinha qualquer da nossa imaginação

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     Gustavo, mais conhecido como Guto, morava em uma cidadezinha qualquer da nossa imaginação. O menininho de apenas 11 anos de idade vivia sempre rindo, sadio, sempre acompanhado de amigos, em especial de Clara, sua vizinha, uma mocinha um pouco mais nova que Guto, a qual sempre entrava nas brincadeiras e aventuras do amigo.

     Num dia aparentemente comum, Guto e Clara saíram para brincar na rua com os amigos, como de costume. Porém, Clara sempre atenta às coisas, começou a perceber que as coisas não estavam como ela desejava.

      - Guto, está vendo isso? - Exclamou a menina – O que está acontecendo aqui?

   O menino não entendeu e pediu que a amiga explicasse.

   - Ora, olhe como nossos amigos estão se divertindo, que violentos, eles sempre foram assim? - Indagou a menina.

     Logo, Guto percebeu que algo realmente não estava nos padrões: violentas batalhas aconteciam pelas ruas, eram tanques, meninos e meninas inventando guerras, brincando de mais fraco e mais forte. Foi então que os dois amigos perceberam que aquelas crianças ainda dormiam e os dois continuaram a andar pelas ruas naquela imaginação. A cada esquina que passavam, as coisas pioravam, pois eles viam a violência entrar na casa de seus amigos na imagem de seus heróis prediletos.

        Clara ficava cada vez mais triste e desordenada, caminhava pelas ruas sem saber como agir, e com isso, ela pediu para que Guto a acompanhasse até a casa do senhor Frederico, um homem já avançado em idade, mas com um raciocínio tão bom que Clara imaginou que ele poderia ajudá-los. Chegando na casa do senhor, puseram-se a contar o que se passava e o motivo de tanta inquietação. Senhor Frederico logo entendeu e se propôs a ajudá-los.

        Senhor Frederico teve a ideia de reunir todas as crianças para conversar, para poderem encontrar a solução juntos. No dia seguinte, todos os meninos e meninas estavam reunidos no parque da cidade, dispostos a dar as suas opiniões sobre o que estava acontecendo. Conversa vai, conversa vem. Até que um menininho gritou do fundo daquele aglomerado de crianças: - O problema são as armas, precisamos desarmar a cidade!

      Então todos cuidaram de montar barraquinhas que faziam a troca desses brinquedos, montaram painéis com frases como: “Venha trocar a sua pistola de brinquedo por um abraço de um amigo, por um pouco de carinho!”, e logo todos entraram na campanha.

       Diante de tanta agitação, os adultos procuravam entender o que se passava, por que as crianças estavam se desfazendo de todos os brinquedos, além de revistas e filmes que foram criados para a sua diversão, por que se negavam a passar horas na frente da televisão, que durante tempos, passou a tomar toda a hora de lazer nas ruas.

          Desse dia em diante, a pequena cidade qualquer da nossa imaginação não presenciou mais armas, guerrilhas e tanques. As fábricas de brinquedos somente produziam brinquedos coloridos e inofensivos e, além disso, muito mais bonitos.

       Depois do que aconteceu, Guto e Clara perceberam que a violência mostrada em filmes, desenhos e transformadas em brinquedos, não trazia nenhuma diversão, mas sim, desordem e insegurança para todos.

Anna Rebecca

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