top of page

A mais triste loucura social

       Criados como pessoas que possuem pouco estímulo a mudanças e à busca por verdades, somos constantemente herança de tais convenções sociais. Somos, segundo nos ensinam, pessoas bem resolvidas e esclarecidas, sabemos o que queremos e como fazê-lo. Sabemos amar, respeitar, escutar, observar, comentar, opinar, argumentar e nos adaptar. Sabemos ser bons sem exagero, maus sem crueldade e repugnantes sem perceber.

       Porém, a grande verdade é que não sabemos tudo isso. Os valores mais tradicionais – e que até hoje adaptamos às nossas vidas – não nos ensinam a viver, e sim sobreviver. Precisamos constantemente recorrer, segundo os ensinamentos, a verdades subjetivas, opiniões mal construídas e valores com conotação duvidosa. Vamos à Bíblia e a lendas pouco esclarecidas e nunca sabemos como aplicar isso ao dia de hoje, afinal tudo está contaminado por essa onda de mudança que não parece ter fim. Mas seria realmente essa revolução social o motivo de tantos problemas nos nossos seres interiores?

Lucas Carvalho

       Talvez a falta de uma verdade única própria seja o real motivo de tanto incômodo que sentimos ao ver um casal homossexual nas ruas ou uma presidenta no poder. E, infelizmente, amigos, a tal verdade única não se constrói da noite para o dia. Sem desconstruir tudo aquilo que nos é ensinado, precisamos mudar nossos pensamentos diários e enchê-los com esperança que tudo isso é apenas o progresso chegando. Estamos em rumo ao progresso social e isso não se faz valores tradicionalistas que oprimem e discriminam.

          Os valores que recebemos não nos reconhecem como seres humanos capazes de sermos bons como citado no primeiro parágrafo deste texto. Eles nos subjugam a seres pouco críticos e muito generalistas, muito influenciáveis e pouco observadores, pouco racionais e muito subjetivos. Do que precisamos então? Do que realmente precisamos é melhorarmos como pessoas. Que se danem os valores velhos, que se danem os valores novos. Cuidemos então de nós mesmos. Cuidemos de nossas almas, de nossos corações, de nossos pais.

         Sabemos que hoje, não amamos, julgamos; não respeitamos, oprimimos; não escutamos, ouvimos; não observamos, ignoramos; não comentamos, criticamos; não opinamos, influenciamos; não argumentamos, generalizamos; e não nos adaptamos, somos adaptados. Tudo está realmente crítico e pioramos cada vez mais tomando posições passivas em relação a isso.

          Não vamos às ruas, vamos a nós. Conheçamo-nos para conhecer. Que o mundo em nossa volta largue as coisas ruins do passado e traga as coisas boas do futuro. Que nossos preconceitos e contradições virem compreensão e bondade. Transformemos, então, o nosso mundo para mudar o Universo, desvendando dele cada mistério e, principalmente, desvendando a nós mesmos.

© 2016 - Criado pelo 2º ano de Eletrônica da Fundação Matias Machline |   Política de Uso

  • Facebook Clean Grey
  • Instagram Clean Grey
  • YouTube Clean Grey
bottom of page