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A Vingança do Órfão

    Em 1909, no dia 15 de agosto, o grande escritor Euclides Da Cunha foi morto a tiros num duelo com Dilermando De Assis, o amante de Ana Ribeiro, a esposa do escritor, porém Dilermando de Assis continuou vivo, pois levou tiros que apenas o feriram.

      A partir de 1911, iniciou-se um julgamento sobre o antigo duelo. O promotor disse que Euclides tinha o direito de ir até a casa de Dilermando para reaver o filho, que supostamente era filho de Euclides com Ana Ribeiro, porém não foi encontrado provas de que o garoto era mesmo filho de Euclides. Neste julgamento foi dito que a mulher de Euclides, mesmo alimentando falsos amores pelo escritor, não conseguia corresponder fielmente o amor deste pois Ana amava Dilermando.

      Em 1916, no dia 4 de julho, Dilermando de Assis que estava absolvido do processo de homicídio contra Euclides da Cunha, foi ao Cartório da Capital da República, perto das 13 horas. Enquanto lia uma declaração, apoiado em um corrimão da grade que divide em duas partes a sala, foi ferido, sem poder ver direito e com as pernas fracas, Dilermando olhou para a direita e viu recuando alguém com roupa escura com o brilho de metálico.

      Mesmo não tendo visto a face, pensou logo que fosse Euclides da Cunha Filho, o filho do antigo escritor, que tinha se tornado aspirante da marinha. Dilermando tentou fugir com passos rápidos em direção a rua, porém o atirador continuou a disparar e o feriu, as pessoas não o socorreram e fugiram assustadas. Com medo de morrer ali mesmo, Dilermando puxou um revolver calibre 32 e disparou no braço do atirador que era então Euclides da Cunha Filho, o qual estava tentando vingar seu pai morto. Dilermando foi absolvido (mais uma vez) do caso por supostamente ter usado a legítima defesa.

Gabriel Domingos

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