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Análise: Clara dos Anjos

 Espaço: A história é contada no subúrbio carioca.
•     Tempo:
1.   Cronológico: (...) Chegou Cassi Jones à casa de Lafões quase à noite. Era uma pequena casa, mas bem tratada e limpa (...)
2.    Psicológico: (...) Hoje, é raro ver-se, no Rio de Janeiro, um muro coberto de hera; entretanto, há trinta anos, nas laranjeiras, na Rua Conde de Bonfim, no Rio Comprido, no Andaraí, no Engenho Novo, enfim, em todos os bairros que foram antigamente estações de repouso e prazer, encontravam-se, a cada passo, longos muros cobertos de hera, exalando melancolia e sugerindo recordações (...).

      Personagens:
1.    Marrameque: Poeta, representa a cultura da oralidade, superficial.

 

2.     Clara: Segunda filha do casal, criada com bastante recato, nunca andava sozinha, sempre com a mãe, pai ou com a viúva da vizinhança. Clara não almejava sucesso, desejava fazer o ofício do pai quando solteira e do marido quando casada, coisa considerada feia para uma moça naquela época. Ela representa a sociedade machista e opressora, realidade das mulheres na sociedade.
3.   Cassi, o corruptor: Rapaz com menos de trinta anos, pretendente de Clara. Malandro e perigoso, mata Marrameque e seduz Clara, acabando ileso como tantas outras situações que se safou.
4.   Joaquim dos Anjos: Carteiro e acreditava-se músico. Embora tivesse pouco entendimento sobre o assunto, nunca quis ampliar seu conhecimento sobre música.
5.    Dona Engrácia: Caseira e rude. Era católica, romana e seus filhos seguiam a mesma religião.
6.      Calado: Músico e compositor brasileiro.
7.     João Pintor: “Era preto retinto, grossos lábios, malares proeminentes, testa curta, dentes muito bons e muito claros, longos braços, manoplas enormes, longas pernas e uns tais pés que não havia calçado. ” 
8.      Mr. Shays: Chefe religioso, faz outras pessoas ouvirem a palavra e quando estas estão prontas, passam a pregar a palavra também.
9.     Eduardo Lafões: Gostava de assuntos de comércio e só tinha entendimento em sentidos de dinheiro. Homem simplório.
10.     Manuel Borges de Azevedo e Salustiana Baeta de Azevedo: Pais de Cassi.
11.     Dona Margarida Weber Pestana: Mãe de Ezequiel, viúva, russa de descendência alemã. Mulher corajosa.
12.      D. Laurentina Jácone: Religiosa, gostava de rezar e ter zelo com a igreja.
13.      D. Vicentina: Cartomante.
14.      Praxedes Maria dos Santos: Era um homem bom, inclusive foi um dos convidados de Joaquim. Gostava de ser tratado por Doutor Praxedes.
15.      Etelvina: Colega de Clara. Crioula.
16.      Leonardo Flores: Grande poeta.
17.      Velho Valentim: Era português.
18.      Barcelos: Um português fichado na detenção.
19.      Arnaldo: Era um colega do grupo dos valdevinos.
20.     Menezes: Dentista da família. Intermediário das cartas e bilhetes de Cassi para Clara.
21.      Senhor Monção: caixeiro vendedor.
22.    Belmiro Bernedes & Cia.: Era um moço português, simpático, educado, e bom porte.
23.     Helena:  Tia de Marramaque, econômica, prendada, costurava para o arsenal do governo.
24.      D. Castolina:  Mulher de Meneses.
25.      Leopoldo: Marinheiro. Saiu cedo de casa para subir de vida.
•         Narrador: Narra em terceira pessoa.
•        Objetivo: Lima Barreto tenta mostrar a real situação das mulheres negras que são consideras inferiores na sociedade.
•       Enredo: Clara é uma mulata pobre que vive no subúrbio carioca com seus pais: Joaquim e Egrácia. Clara é seduzida pelo malandro Cassi, um rapaz branco e ignorante que já havia aprontado várias coisas que desonrava mulheres e destruía casamentos. Cassi coloca Clara como seu próximo alvo, ela fica curiosa sobre o rapaz, apesar de seus pais não o aprovarem e várias outras pessoas terem a alertado sobre o gênio de Cassi. Clara engravida e Cassi desaparece, ela tenta abortar mas acaba falando a verdade para sua mãe, que tenta conversar com os pais do rapaz para uma “reparação de danos”, os pais dele ficam ofendidos por uma mulata querer se casar com seu filho, e é aqui que Clara percebe a verdade social, que para os olhos dos outros, ela é inferior às outras moças.
•     Verossimilhança: Questão racial. Várias pessoas sofrem com preconceito, como Clara sofria. 

Bruna Santos

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