Cultura Esquecida

Em um tempo distante, havia uma tribo indígena localizada no território da região amazônica, cujos seus habitantes se autodenominavam Macuxi. Foi ali que um garoto, chamado Ubiratã, cresceu, construiu sua vida e presenciou diversas transformações nas relações de sua aldeia.
Quando jovem, Ubiratã recebeu as primeiras instruções de qual seria sua função na aldeia. Seu instrutor foi seu próprio pai, que o instruiu sobre técnicas de caça. Em suas primeiras lições viu seu pai colocar plantas na água para atordoar os peixes, o que segundo seu pai, " essa é a melhor forma de capturar peixes."
Por mais que gostasse dos dias com seu pai, não aguentava esperar pela chegada da noite, quando os mais velhos acendiam uma fogueira e, ao redor dela, contavam histórias e faziam brincadeiras.
. Uma das histórias mais marcantes foi quando um amigo de seu pai contou ter falado com as pessoas estranhas que vinham de longe e como prova disso, mostrou um objeto brilhante que podia cortar a carne dos animais facilmente. Ubiratã descobriu tempos depois que esse objeto se chamava canivete.
Para esse rapaz, toda sua juventude na aldeia foi uma aventura incrível, por isso, quando chegou seu período de velhice, tentou manter as mesmas relações com seus três netos, Jonathan, Diogo e Antônio, porém, para eles parecia bem mais interessante assistir ao filme dos super heróis favoritos ou compartilhar seus sentimentos através do telefone que ouvir histórias sobre 'como seu avô aprendeu a caçar'.
Assim se seguiram os dias de Ubiratã, até a chegada de seu descanso último, e com isso o triste desaparecimento de um grande conteúdo cultural desse povo, pois ele foi rejeitado pelos seus guardiões, que preferiram aceitar o que lhes foi imposto.
Khaleb Lisboa