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Dezessete

Hoje,
Hoje puxei minha cadeira
Sentei e esperei a hora passar
Até os demônios dentro de mim
Virem me visitar
Respiro compassado
As atmosferas do passado
Que os males em meus pulmões
Vieram soprar
Já não sei o que faço
Com esses pesos às costas atrelados
Que só me trazem cansaço
Nos meus lençóis de algodão e linho
Me contorno em solidão
Como um estranho no ninho
E aos demônios que irei de enfrentar
Nada me restará,
Senão apenas os abraçar
Fernando Neves
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