O Legado Euclidiano
Euclides da Cunha foi um dos maiores escritores da literatura brasileira, em virtude de sua obra Os Sertões, que marcou o início da fase de transição chamada de pré-modernismo. Seu legado atravessou as décadas, Os Sertões foi uma das primeiras obras brasileiras a mostrar a dificuldade de vida por que passavam as pessoas que habitavam essas regiões. Em respeito a Euclides, diversas homenagens são feitas ao autor até hoje.
Em 1917, Edgar de Mendonça iniciou um movimento que tinha como objetivo recolher qualquer dado relacionado a Euclides da Cunha, fotografias, cartas, livros, entre outros itens para preservação. Não se tem registro na história brasileira de movimento semelhante a esse com relação a autores.
Um dia após morte do autor, diversas peregrinações religiosas reuniram-se junto ao necrotério onde se encontrava o corpo de Euclides e posteriormente na Academia Brasileira de Letras onde o corpo estava sendo velado. Durante o cortejo, vários autores como Olavo Bilac, Silvio Romerio, Jose Veríssimo, entre outros acompanharam o cortejo do corpo até o cemitério.
A cidade natal de Euclides da Cunha, Cantagalo, possui um museu dedicado a vida e obra do autor e suas obras. Foi realizado no ano do centenário de sua morte o “Seminário Internacional 100 anos sem Euclides”, que reuniu diversos pesquisadores e especialistas na obra do autor. O seminário teve a estrutura básica de um seminário, com conferências, mesas redondas e comunicações, bem como envolveu atividades "satélites" de cunho cultural, artístico e educativo, com inscrições abertas à comunidade acadêmica e escolar. Nos 150 anos do nascimento de Euclides, inúmeras homenagens foram feitas ao redor do país.
A Academia Brasileira de Letras tem como honraria mais alta concedida a alguém a medalha do mérito litero-cultural Euclides da Cunha destinada aos que por forca do seu trabalho tem relevantes serviços prestados à literatura, à língua portuguesa, às artes, à difusão e apoio à cultura brasileira no Brasil e no exterior.
Marcs Marreiros