Panorama entre a Obra Canãa e o Nazismo
O início do século XX é cercado de temáticas que buscaram posicionar o Brasil com uma identidade que foi moldada ao longo de tempos desde a sua descoberta até aquele presente época, que foi a miscigenação das raças. Dessa forma, a obra que Graça Aranha produziu tende a engrandecer uma um aspecto bastante complexo de ser tratado até para aquela época, contudo, conduz o leitor por um enredo rico e especifico na sua finalidade, a de transmitir a crescente onda das migrações que naquele período cresciam bastante.
Situada numa vila do atual estado do Espírito Santo, Porto do Cachoeiro torna-se um ambiente propício para que seja instalado um local de preservação da cultura alemã, cercada ainda de dois personagens antagônicos: Mikau e Lentz. Porém, o interessante a ser atentado é a peculiaridade da segunda personagem, a qual guarda para si um sentimento de repulsa pelo povo ‘brasileiro’ por considerar a superioridade alemã algo que não devesse ser, de certa forma, - a obra transmite esse pensamento - profanada com a junção das respectivas raças.
Esse é o ponto de partida para uma temática que seria abordada, e por alguns de maneira traumatizante seriam vividas, que seria a questão do nazismo. Um ponto que pode ser destacado de maneira que interligue a obra com esse sistema é a questão da superioridade alemã que é bastante perceptível quando realizado uma análise do assunto.
Assim, percebe-se a importância para a sociedade brasileira da maneira com que Graça Aranha desenvolveu uma temática, embora não a tenha aprofundada, mas não deixa de destacar o assunto, que seria bastante projetada durante a Segunda Guerra e posteriormente.
Gabriel Pantoja

