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Um limite para o tal amor?

      Para muitos, o amor está vinculado a conceitos criados por valores de tempos passados. Segundo a mente de alguns, relacionamentos amorosos estão restritos a ideais tradicionalistas, onde o amor matrimonial que existe entre o homem e a mulher é aquele considerado o correto, enquanto os outros são considerados errados e espantosos. Mas é em novos pensamentos e tolerância que novos ares assustarão a mente de ignorantes ligados ao Passado.

         Não há maior insanidade que àquela de limitar o amor.  Os sentimentos são abstratos, eles não são regras, são livres e não sistematizados.  Se ainda existe alguém que viva em conceitos passados, que esse alguém reflita: o que é o amor? Onde se encontra o critério que limite tal sentimento para determinado gênero? O amor é livre de qualquer preconceito, é uma maravilha mais complexa que o pensamento, a peça principal para a integridade. Por que um sentimento de nome tão simples faria o homem sentir a alegria, tristeza, calma e a loucura de modo tão universal?  Esta é apenas a intensidade de amar, tão misteriosa e bela, rege o homem, que nada mais pode fazer, a não ser amar sem questionar ou regrar. O senso religioso pode tentar mudar mentes, mas é este que irá ser transmudado, enquanto o amor deve permanecer inextinguível.

             O que importa se é um homem amando outro homem? O que importa se há uma mulher amando outra mulher? O que interessa é o afeto entre essas pessoas, a felicidade que vem dessa forma de viver. O que importa se há um negro casando com um branco? Um casal homossexual adotando uma criança? A questão a ser tratada não se refere a eles, mas àqueles que mesmo vendo que entre estas formar de amar se encontra a felicidade em sua forma mais pura, ainda insistem que antigos valores devem ser obedecidos, desrespeitando a liberdade de outros, levando às considerações de que enquanto para uns o amor é subjetivo e livre, para outros, ele é rígido e material, apenas um vínculo, uma imagem.

             Não existe alguém que possa definir imparcialmente o certo e o errado para o subjetivismo humano. O julgamento sempre estará sujeito a preconceitos e tradições criadas pela humanidade. Mas o amor se manifestará livremente sem que sobre ele interfira leis, religiões, escolas literárias ou filosofias. O homem em si será limitado a apenas observar, sentir as diversas formas de amar, sendo tão livre que se afastará do objetivismo imposto pela sociedade, onde não haverá qualquer determinação psicológica ou física. Seriam casais do mesmo gênero se opondo ao tradicionalismo imposto por conservadores, com o simples ato de amar.

             O amor deve ser compreendido, não é porque um modo é aceito, que outros devem ser julgados, mas todos devem ser libertos de todas as restrições, para que o mundo viva em sua realidade abstrata, onde os sentimentos são íntegros e renunciam ao individualismo, transportando o homem aos pensamentos mais serenos e puros, onde este pode viver sem o limite para o tal amor.

Stephanie Meiriño

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